Medicamento para linfoma foi apreendido em São Paulo com suspeita de falsificação
A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) proibiu ontem a comercialização de um lote do medicamento MabThera (cujo ingrediente ativo é um anticorpo conhecido como rituximabe), usado no tratamento do linfoma, um tipo de câncer dos tecidos linfáticos.
Segundo a nota da agência, o lote B6038 do medicamento MabThera 500 mg/50 ml teve a distribuição, o comércio e o uso proibidos em todo o país, por suspeita de falsificação.
O medicamento original foi fabricado em 2008, mas no rótulo do remédio apreendido consta fabricação de 2010, de acordo com a Anvisa.
Os medicamentos para câncer desse lote deverão ser apreendidos e inutilizados.
A Roche informou que a suspeita de falsificação chegou até ela pela Corregedoria Geral da Administração e pelo Departamento de Polícia de Proteção à Cidadania do Estado de São Paulo.
Avisada, a empresa então alertou a Anvisa.
QUANTIDADE
O laboratório diz não saber a quantidade de frascos envolvidos no caso, mas afirma que "qualquer unidade desse lote que esteja sendo utilizada atualmente ou está com a validade vencida ou pode ser falsificado".
"É impossível mapear onde o medicamento foi vendido ou se algum paciente o consumiu", de acordo com a agência de vigilância.
Mas, segundo o delegado Anderson Pires Giampaoli, da 2ª Delegacia de Crimes contra a Administração do Departamento de Polícia de Proteção à Cidadania, um frasco do medicamento foi apreendido em São Paulo, na casa de um dos integrantes de uma quadrilha que já estava sendo investigada.
Ele afirma que o remédio veio do Rio de Janeiro e que uma pessoa usou o medicamento suspeito de falsificação, mas ela ainda não foi identificada.
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