A
vigilância sanitária do estado de São Paulo e do município de Guarulhos
realizou uma inspeção na fábrica do produto Toddynho, localizada no
município de Guarulhos, e concluiu que os lotes que apresentaram nível
de acidez acima do normal foram distribuídos apenas para o estado do Rio
Grande do Sul.
A Anvisa teve conhecimento do problema por meio da
Vigilância Sanitária do Rio Grande do Sul, que comunicou o caso de
quatro crianças que ingeriram o alimento dos lotes L4 32 06:08 e L4 32
06:09 e tiveram queimaduras na boca.
A
inspeção realizada em São Paulo aconteceu a pedido da Anvisa para
avaliar a origem do problema. Por meio da fiscalização e da investigação
das notificações, o estado do Rio Grande do Sul foi indicado como local
de destino dos lotes alterados.
Todos
os lotes de Toddynho já foram interditados no estado gaúcho, de forma
cautelar, pelo Centro Estadual de Vigilância em Saúde do Rio Grande do
Sul (CEVS/RS). Outros 23 casos de queimaduras notificados estão sendo
investigados. A liberação da comercialização do produto no Estado do Rio
Grande do Sul está condicionada ao resultado satisfatório da análise
dos lotes interditados.
No
restante do país o Toddynho continua liberado, pois não foram
confirmados casos envolvendo o produto em outros estados brasileiros. No
fim da última semana, os técnicos do Rio Grande do Sul já haviam
colhido amostras do Toddynho e enviado para o Laboratório Central do
Estado (LACEN/RS). Na análise foi detectado que o nível de acidez do
alimento estava acima do normal, com pH de 13,3, tornando-o impróprio
para o consumo humano. O resultado da análise é compatível com as
alterações clínicas relatadas pelos pacientes.
O
fabricante do produto foi autuado por fabricar, embalar, armazenar,
expedir, transportar e colocar à venda produtos sem os padrões de
identidade, qualidade e segurança, expondo a risco a saúde dos
consumidores.
A
empresa PepsiCo do Brasil Ltda, responsável pela produção do Toddynho,
informou que iniciou o recolhimento do mercado dos lotes L4 32 05:30 a
L4 32 06:30, com data de vencimento em 19/02/2012, após o recebimento de
reclamações no SAC de consumidores e confirmação da falha na segurança
do procedimento de higienização da máquina de envase L4 em 23/08/2011.
A
Anvisa já orientou as vigilâncias sanitárias para que adotem as medidas
necessárias para garantir a retirada dos lotes da exposição ao consumo
caso seja encontrados. Também foi solicitado que casos de eventos
adversos associados ao consumo do produto sejam comunicados para a
Agência.
De acordo com a Lei 6437/1977,
as infrações sanitárias são apuradas em processo administrativo
próprio, iniciado com a lavratura de auto de infração, observados o rito
e prazos estabelecidos nesta lei. Caso sejam comprovadas as
irregularidades, as empresas envolvidas estarão sujeitas às sanções
legais, inclusive multa que pode chegar a R$ 1,5 milhão.
Fonte: ANVISA
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