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19/08/2011

Resolução restringe publicidade médica em redes sociais


Bastante prudente essa medida do Conselho. Confira matéria do jornal folha de São Paulo, publicada hoje.

Profissionais não poderão divulgar telefone e endereço de consultório em perfis no Twitter ou no Facebook. Nova resolução também reitera que médicos não devem trazer a público informação que cause 'intranquilidade' 


Uma nova resolução do CFM (Conselho Federal de Medicina) restringe a publicidade de médicos nas redes sociais e proíbe que entidades médicas confiram selos de aprovação a produtos.A norma entrará em vigor após 180 dias da publicação no "Diário Oficial" , que está prevista para hoje.As redes sociais passam a ser consideradas como entrevistas ou aparições públicas de médicos. 

Por isso, ficam sujeitas às regras que valem para a mídia tradicional.Ou seja, um médico não poderá, em seu perfil no Facebook, divulgar endereço e telefone do consultório nem garantir bons resultados de um tratamento.O mesmo vale para blogs. 

O conselho entende que a aparição de médicos nesses meios deve ter caráter educativo, e não de autopromoção.Sites institucionais poderão manter contatos do consultório ou da clínica, explica Emmanuel Fortes, vice-presidente do conselho.A norma estabelece ainda que médicos declarem se têm conflitos de interesse (financiamento da indústria farmacêutica, por exemplo).

Os médicos também estão proibidos de veicular informações que causem "intranquilidade à sociedade", mesmo que os dados sejam comprovados cientificamente.Nesses casos, o médico deve se dirigir ao conselho regional ou federal para explicar a razão de sua preocupação.

Esse último ponto deveria ser debatido com os médicos, diz Claudio Lorenzo, professor de bioética da UnB."E se imaginarmos que o conselho ou certas autoridades estão omissas ou tentam esconder algo? É bastante polêmico o fato de haver uma punição administrativa no caso de o médico exercer sua responsabilidade social, frente a um fato comprovado."


Fortes diz que a intenção é evitar danos e cita o caso da gripe suína. "Houve um anúncio tão exagerado que causou prejuízo." Para Fortes, o CFM não quer cercear liberdades nem banir a publicidade, mas torná-la mais "honesta e informativa".

créditos. folha.com

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