O Brasil não adotará, no momento, medidas proibitivas para a importação de produtos alimentícios japoneses. É o que aponta informe publicado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) nesta terça-feira (22/3).
De acordo com o informe, a última importação de produtos alimentícios japoneses feita para Brasil foi em fevereiro de 2011, data anterior ao acidente radionucelar ocorrido naquele país. Além disso, essa importação foi apenas de misturas e pastas para preparação de produtos de padaria, pastelaria e da indústria de bolachas e biscoito, categoria de alimentos sem indícios de contaminação com radionuclídeos no momento.
“Temos uma margem de segurança, pois historicamente compramos apenas alimentos embalados do Japão e , segundo a Organização Mundial da Saúde, a radioatividade não contamina esse tipo de produto”, afirma Maria Cecília Brito, diretora da Anvisa. Em 2010, também só entraram no Brasil alimentos japoneses classificados como misturas e pastas para preparação de produtos de padaria, pastelaria e da indústria de bolachas e biscoito.
De acordo com a diretora da Anvisa, as autoridades sanitárias japonesas se comprometeram a retirar do mercado todos alimentos com níveis de radionuclídeos superiores aos limites estabelecidos pela Comissão de Segurança Nuclear no Japão como seguros para o consumo humano. “Mesmo assim, continuaremos a acompanhar investigações realizadas pelas autoridades sanitárias internacionais e as importações brasileiras de produtos japoneses, a fim de subsidiar continuamente o posicionamento da Agência sobre o caso”, explica Maria Cecília.
A Comunidade Européia e os Estados Unidos adotaram postura semelhante a do Brasil: no momento, não proibiram a importação de produtos japoneses. Mas realizarão o monitoramento desses alimentos nos pontos de entrada desses países.
Radiação ionizante
Os átomos que emitem radiação são chamados de radionuclídeos, sendo o iodo radiotivo e o césio os que representam maior risco à saúde. De modo geral, os efeitos mais preocupantes ocorrem a longo prazo e incluem aumento do risco de câncer de tireóide e leucemia.
Confira aqui a integra do informe publicado pela Anvisa.
Fonte.: ANVISA
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